Lugar de filho de político é em qualquer lugar que o preencha de informações, de acontecimentos, de tecnologia, de embasamento social. O lugar do filho do político é o mesmo lugar do filho do operário. Que é o mesmo lugar do filho do desempregado.
O lugar certo pra todas as crianças é o lugar onde elas se sentem acolhidas, respeitadas e principalmente onde elas não forem intelectualmente subestimadas, julgado ao fato de quanto seus pais ganham.
Desde que me conheço por gente, a profissão do meu pai é político, estudei em colégio público 80% do tempo, inclusive quando ele atingiu o cargo mais alto até então. Quando criança, os alunos estudavam, eles corriam e ralavam o joelho no recreio, comiam massa com guisado preparado na cozinha da escola ou salgadinho comprado com o troco de bala (pra poupar o cálculo). Os alunos voltavam à aula e depois iam pra casa brincar. Em ambos!
Quando adolescente fui parar num colégio particular e descobri a "grande importância" do sobrenome que o indivíduo carrega em Bagé. Descobri que estava fora dos padrões físicos pra encarar aquele período de festas e sedução precoce. E eu tinha cabelo colorido e tatuagem aos treze anos, e tinha assuntos, e gostava de música, e sabia conversar, e não tinha vergonha de ser um pouco diferente. Eu rodei um ano lá. Tinha transtorno de déficit de atenção.
Continuei a adolescência em colégio público, e... Nada mudou! E quando eu digo mesma coisa, digo os mesmos desafios disciplinares, as mesmas classes e cadeiras. Hoje, eu tenho professores na rede estadual que nos passam o mesmo conteúdo que ensinam nos colégios particulares.
A falha na educação é um problema óbvio e me deixa puta da cara às vezes. Quando não deixa, é porque não fui à aula. Porque a diferença está no professor. E existem professores muito bons que incentivam a leitura, a curiosidade, que aprendem a futricar na internet pra nos mostar vídeos e filmes sobre guerras e desmistificar e renovar o que aprendemos até então.. Professores que sabem sobre o que estão falando. A diferença, quem faz a diferença são os alunos e os professores. O professor recebe o respeito que merece e hoje em dia o professor tem que dar o seu valor, porque nós não somos criados todos sobre a mesma formação ética, precisamos ser conquistados, e quem não gosta de informação? Uma pessoa que traz na mente milhões de informações e consegue te fazer sugá-las, vale mais do que uma sala bem pintada, do que uma "galera maneira", do que qualuqer ambiente. Porque a sabedoria não tem preço.
Mas sabe o que me deixa mais apavorada! O tipo de ato que leva o nome de "Passeata: Lugar de Filho de Político é na Escola Pública".
Por que?
1. A pressa das pessoas em julgar a administração sem nem mesmo fazer uma consultoria,
2. A infantilidade de fazer um fiasco por aí usando panelas que não vão resolver nada, só vão fazer barulho pra quem está trabalhando e deixar sujeira pelo caminho.
3. E o maior problema de todos. A contradição do ato: "Queremos Ética na Educação", que espécie de exemplo de ética e de bom comportamento tem quem vai a procura da democracia já bloqueando uma das classes e as impondo do direito de liberdade de escolha?
O lugar certo pra todas as crianças é o lugar onde elas se sentem acolhidas, respeitadas e principalmente onde elas não forem intelectualmente subestimadas, julgado ao fato de quanto seus pais ganham.
Desde que me conheço por gente, a profissão do meu pai é político, estudei em colégio público 80% do tempo, inclusive quando ele atingiu o cargo mais alto até então. Quando criança, os alunos estudavam, eles corriam e ralavam o joelho no recreio, comiam massa com guisado preparado na cozinha da escola ou salgadinho comprado com o troco de bala (pra poupar o cálculo). Os alunos voltavam à aula e depois iam pra casa brincar. Em ambos!
Quando adolescente fui parar num colégio particular e descobri a "grande importância" do sobrenome que o indivíduo carrega em Bagé. Descobri que estava fora dos padrões físicos pra encarar aquele período de festas e sedução precoce. E eu tinha cabelo colorido e tatuagem aos treze anos, e tinha assuntos, e gostava de música, e sabia conversar, e não tinha vergonha de ser um pouco diferente. Eu rodei um ano lá. Tinha transtorno de déficit de atenção.
Continuei a adolescência em colégio público, e... Nada mudou! E quando eu digo mesma coisa, digo os mesmos desafios disciplinares, as mesmas classes e cadeiras. Hoje, eu tenho professores na rede estadual que nos passam o mesmo conteúdo que ensinam nos colégios particulares.
A falha na educação é um problema óbvio e me deixa puta da cara às vezes. Quando não deixa, é porque não fui à aula. Porque a diferença está no professor. E existem professores muito bons que incentivam a leitura, a curiosidade, que aprendem a futricar na internet pra nos mostar vídeos e filmes sobre guerras e desmistificar e renovar o que aprendemos até então.. Professores que sabem sobre o que estão falando. A diferença, quem faz a diferença são os alunos e os professores. O professor recebe o respeito que merece e hoje em dia o professor tem que dar o seu valor, porque nós não somos criados todos sobre a mesma formação ética, precisamos ser conquistados, e quem não gosta de informação? Uma pessoa que traz na mente milhões de informações e consegue te fazer sugá-las, vale mais do que uma sala bem pintada, do que uma "galera maneira", do que qualuqer ambiente. Porque a sabedoria não tem preço.
Mas sabe o que me deixa mais apavorada! O tipo de ato que leva o nome de "Passeata: Lugar de Filho de Político é na Escola Pública".
Por que?
1. A pressa das pessoas em julgar a administração sem nem mesmo fazer uma consultoria,
2. A infantilidade de fazer um fiasco por aí usando panelas que não vão resolver nada, só vão fazer barulho pra quem está trabalhando e deixar sujeira pelo caminho.
3. E o maior problema de todos. A contradição do ato: "Queremos Ética na Educação", que espécie de exemplo de ética e de bom comportamento tem quem vai a procura da democracia já bloqueando uma das classes e as impondo do direito de liberdade de escolha?
