Otto, dorme

Pois o nada não opina
E não critica
E não machuca
E nem obedece
Tu és tudo
Tudo aquilo que evitavas ser
Algo a mais que todos
É como muitos
Tentando ser um nada
Mas tem algo dentro de ti
Eu vi
Que não suporta a ignorância
Também não finge que não te importas
Te dói o inconsciente pois ali está tudo
Tudo aquilo que evitavas ser
Tu não amas
E nem eu
Pois somos tudo aquilo que evitávamos ser
Ao invés de um pouco do todo
Somos cada um
Tudo do nada
Não amas as letras e nem a visão
Não amas o tempo
Só usa a razão
Mas a razão é nada
Quando tudo encontra o fim
E o fim pode não ser tudo